Um dos maiores símbolos de amor que a pessoa pode ter pelo próximo, a doação de medula óssea é um gesto que pode salvar uma vida, além de beneficiar no tratamento de quase 80 doenças.

Infelizmente, é muito difícil encontrar um doador compatível, o que cria um verdadeiro impedimento na realização do procedimento. A dificuldade é tão grande que estimam-se que as chances de encontrar um doador compatível seja de 1 para cada 100 mil pessoas.

Antes de falarmos da importância da doação de medula, vamos entender o que se trata.

O que é medula óssea?

A medula óssea é um tecido esponjoso e líquido gelatinoso que se encontra no interior dos ossos, chamado popularmente de tutano. Esse tecido é importante porque ele é capaz de produzir os principais componentes sanguíneos: hemácias, que são os glóbulos vermelhos, leucócitos, os glóbulos brancos e plaquetas.

Quando essa produção é comprometida, as funções essenciais do corpo são afetadas. As hemácias são as responsáveis por transportar o oxigênio dos pulmões para as células, para que seja absorvido, e o gás carbônico das células para os pulmões, para que seja eliminado. Já os leucócitos são os agentes de defesa mais importantes do organismo, que têm a função de prevenir diversas infecções, enquanto as plaquetas atuam no sistema de coagulação do sangue.

Medula óssea é igual à medula espinha?

Não. São tecidos diferentes. Enquanto a medula óssea é um tecido líquido, a medula espinhal é composta por um tecido nervoso, que fica localizado na coluna vertebral e é responsável pela transmissão dos impulsos nervoso do cérebro para todo o corpo.

Como se dá o transplante de medula óssea?

O transplante de medula óssea ocorre de duas maneiras: pelo autotransplante, que é quando as células tronco do próprio paciente são transportados para o seu corpo e, de outra maneira, é quando o paciente recebe as células de um doador.

O transplante é indicado para pacientes que têm leucemia, anemias graves, linfomas, imunodeficiências e outras doenças relacionadas aos sistemas sanguíneo e imunológico.

Quando a pessoa tem a necessidade de fazer um transplante, a primeira opção é buscar um doador que seja compatível na família. Infelizmente, esse doador compatível, geralmente os irmãos, só ficam disponível em um caso a cada quatro. Por isso a solução é consultar o Registro de Doadores Voluntários me Medula Óssea (REDOME). Por isso é tão importante que as pessoas se conscientizem da doação de medula óssea.

O que fazer para doar medula óssea?

O primeiro passo para ser um doador de medula óssea é se cadastrar com uma ficha de identificação e dados de contato. Será realizada a coleta simples de sangue para o teste de compatibilidade. Essa coleta não significa que já e a doação da medula, mas apenas o cadastro como possível doador.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, com anestesia peridural ou geral, e é necessário ficar internado por, no mínimo, 24 horas.

Nos três primeiros dias, a doação pode gerar algum tipo de desconforto, que é amenizado com um analgésico e medidas simples. Mas, dependendo da doença de quem está recebendo, a doação poderá ser feita do sangue periférico do doador, utilizando um medicamento para estimular a saída das células tronco da medula óssea para o sangue periférico.

Essa doação não necessita internação, pois ela é realizada através de uma máquina de aférese, que retira apenas as células que o paciente necessita e devolve ao doador as demais. Para isso, basta apenas o doador e o receptor serem compatíveis.

Se você quer se tornar um doador ou quer saber mais informações sobre o assunto, acesse o site do Pró-Medula e conheça também sobre esse projeto formado por um grupo de pessoas que se uniram com a finalidade de orientar a população sobre a importância de se tornar um doador de medula óssea.