A partir do momento em que houve uma mudança na mentalidade das pessoas e elas passaram a ter um cuidado maior com a alimentação, um vilão facilmente encontrado vem sendo debatido e vigiado por todos os lugares: o glúten.

Acontece que, de acordo com estudos feitos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, CDC, o número de pessoas que adquiriu alergia alimentar no mundo cresceu 50% entre os anos de 1997 e 2013. E se for contar só as crianças, esse número piora: na China houve um dobro nos casos, na Europa esse número subiu 700% e no Brasil, 2 milhões de crianças possuem algum tipo de alergia alimentar.

As alergias estão ligadas a uma predisposição genética. E o fato que faz com que esse número de pessoas com restrições alimentares aumente está unicamente na comida que é ingerida.

Os alimentos, hoje em dia, estão bem piores e cheios de conservantes e outros aditivos que adulteram o seu sabor e, quando estão cheios de químicas, esses alimentos não podem causar coisas boas ao organismo.

Segundo o Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento, IDRC, metade das calorias que são consumidas no mundo inteiro é encontrada em apenas três alimentos: arroz, milho e trigo. Destes, o trigo é o alimento que é mais cultivado, estando presente em muitas comidas, que são muito consumidas no mundo, como pães, pizzas, massa, cerveja, entre outros.

Mas o trigo se tornou um grande vilão da alimentação. Isso porque contém uma proteína dentro dele chamada glúten.

E o que é o glúten?

O glúten é uma combinação de proteínas coesas e que são insolúveis na água, e está presente em diversos alimentos, como trigo, cevada, centeio e malte. E essa combinação de proteínas deixa as massas com mais elasticidades, deixando o pão macio, o bolo fica fofinho, as massas crescem lindas e fermentadas e, quando assadas, ficam deliciosamente crocantes.

Mas se o glúten é repleto de qualidades, por que ele faz tão mal assim à saúde?

Acontece que, por ser um alimento como qualquer outro, ele pode ser bem digerido pelo organismo ou pode provocar reações adversas e hipersensibilidade. Ou seja, cada corpo reagirá de uma forma quando em contato com o glúten.

Acontece que, com o passar dos anos, o trigo veio sofrendo com algumas manipulações genéticas, e isso faz com que essas alterações no teor do glúten e na estrutura dessa substância, modifiquem outras enzimas e proteínas, e aí, quando chegar até o ser humano, não se sabe o que ele poderá causar.

A intolerância ao glúten, também conhecida como “sensibilidade ao glúten não celíaca” não é uma alergia, nem algo que ficará para sempre. Acontece que alguns alimentos causam algumas reações no organismo que não envolvem respostas ao sistema imunológico, portanto, não podem ser consideradas alergias alimentares, mas sim, reações de intolerâncias.

E essas reações estão ligadas à dificuldades de digerir esses alimentos.